A Teologia de Eliú






A Teologia de Eliú: O sofrimento é uma correção divina?
 Jó 32.1-4; 33.1-4; 34.1-6; 36.1-5 

 Texto Áureo
 “Ao aflito livra da sua aflição e, na opressão, se revela aos seus ouvidos.” (Jó 36.15) 

 Verdade de Prática
 O sofrimento não deve ser visto apenas sob o aspecto punitivo, mas principalmente, educativo.

 Aspectos do sofrimento: 

 Punitivo - Punição é um processo no qual reduz-se a probabilidade de determinada resposta voltar a ocorrer através da apresentação de um estímulo aversivo, ou a retirada de um estímulo positivo após a emissão de determinado comportamento indesejado numa terapia comportamental.

 Educativo - A educação é o processo de facilitar o aprendizado ou a aquisição de conhecimentos, habilidades, valores, crenças e hábitos. Os métodos educacionais incluem o ensino, treinamento, narração de histórias, discussão e pesquisa direcionada.

 A causa do sofrimento - O sofrimento é causado por nós mesmos, por terceiros, ou por Deus, este último de maneira punitiva ou pedagógica.

 INTRODUÇÃO





Eliú faz uma análise dos discursos de Jó e seus amigos e encontra vários erros em suas teses, ainda que tendo respeito a eles por sua idade superior, mesmo assim argumenta contra eles com veemência se contrapondo às suas idéias e apresentando Deus como soberano.

 1 - O sofrimento como uma forma de revelar a Deus









 REVELAÇÃO O QUE É?

 Revelação é o ato gracioso de Deus pelo qual Ele comunica a nós coisas a respeito de si mesmo e do nosso relacionamento com Ele. 

 DEUS SE REVELA NA NATUREZA “Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis.” (Romanos 1:20) 

 DEUS SE REVELA NA CONSCIÊNCIA HUMANA “De fato, quando os gentios, que não têm a lei, praticam naturalmente o que ela ordena, tornam-se lei para si mesmos, embora não possuam a lei; pois mostram que as exigências da lei estão gravadas em seus corações. Disso dão testemunho também a consciência e os pensamentos deles, ora acusando-os, ora defendendo-os.” (Romanos 2:14-15)

 DEUS SE REVELA NA HISTÓRIA HUMANA “Contudo, [Deus] não ficou sem testemunho: mostrou sua bondade, dando-lhes chuva do céu e colheitas no tempo certo, concedendo-lhes sustento com fartura e enchendo de alegria os seus corações.”(Atos 14:17)

 DEUS SE REVELA ATRAVÉS DOS PROFETAS “O Senhor advertiu Israel e Judá por meio de todos os seus profetas e videntes: “Desviem-se de seus maus caminhos. Obedeçam às minhas ordenanças e aos meus decretos, de acordo com toda a Lei que ordenei a seus antepassados que obedecessem e que lhes entreguei por meio de meus servos, os profetas”.”(II Reis 17:13)

 DEUS SE REVELA ATRAVÉS DOS MILAGRES “Ele manifestou os seus caminhos a Moisés, os seus feitos aos israelitas.” (Salmo 103:7)

 DEUS SE REVELA ATRAVÉS DAS ESCRITURAS “Assim, temos ainda mais firme a palavra dos profetas, e vocês farão bem se a ela prestarem atenção, como a uma candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em seus corações.”(II Pedro 1:19)

 DEUS SE REVELOU EM CRISTO “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam — isto proclamamos a respeito da Palavra da vida. A vida se manifestou; nós a vimos e dela testemunhamos, e proclamamos a vocês a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada.” (I João 1.1-2) 

 COMO CLASSIFICAR ESSAS FORMAS DE REVELAÇÃO? 





REVELAÇÃO GERAL Se refere às formas de revelação de Deus que são dadas a todas as pessoas:

* Na natureza 
*Na consciência humana
* Na história

 REVELAÇÃO ESPECIAL Se refere às formas de revelação de Deus que apenas algumas pessoas receberam: 

* Através dos profetas 
* Nos milagres 
* Nas Escrituras 
* Em Cristo 

A ira de Eliú:




Todo homem esta sujeito a irar-se, vemos nesse estudo que Eliú se irou com o discurso de Jó, ao conferirmos alguns trechos da escritura sagrada encontraremos vários versículos falando sobre a ira ora demonstrando-a, ora dando conselhos de como conte-la.

No entanto a ira em si não é pecado, mas sim o seu resultado, a forma com que ela é expressa e os seus resultados.

 

 

Vamos conferir abaixo os versículos sobre ira:

 

A ira de Deus:

 

Embora a ira não seja uma de suas qualidades dominantes, Jeová é repetidamente descrito nas Escrituras como sentindo e expressando ira. Por duas razões, porém, sua ira é sempre justa. Primeira: ele nunca se ira sem uma razão correta. E segunda: ele expressa sua ira de modo justo e reto, sem jamais perder o controle. — Êxodo 34:6;  Salmo 85:3.

 

Provérbios 22:24-25 – “Não se associe com quem vive de mau humor, nem ande em companhia de quem facilmente se ira; do contrário você acabará imitando essa conduta e cairá em armadilha mortal”.

 

Provérbios 29:11 – “O tolo dá vazão à sua ira, mas o sábio domina-se”.

 

Romanos 12:19 – “Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: “Minha é a vingança; eu retribuirei”, diz o Senhor”.

 

Efésios 4:26 – “Quando vocês ficarem irados, não pequem”. “Apaziguem a sua ira antes que o sol se ponha”.

 

Provérbios 29:22 – “O homem irado provoca brigas, e o de gênio violento comete muitos pecados”.

 

Salmos 4:4 – “Quando vocês ficarem irados, não pequem;
ao deitar-se, reflitam nisso e aquietem-se”.

 

Salmos 37:8 – “Evite a ira e rejeite a fúria; não se irrite: isso só leva ao mal”.

 

Provérbios 15:1 – “A resposta calma desvia a fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira”.

 

Colossenses 3:8 – “Mas, agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar”.

 

Tiago 1:19-20 “Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se, pois a ira do homem não produz a justiça de Deus”.

 


 Eliú tenta explicar em seu discurso as várias formas em que Deus se revela ao homem e de como Deus em sua soberania fala mesmo através do seu silêncio. Abaixo temos algumas referências bíblicas a respeito da revelação de Deus, e sua soberania. 

 A criatura não tem o direito de questionar o criador: “Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?” Romanos 9:20,21

 Deus se revela ao homem através de sonhos: “Teve José um sonho, que contou a seus irmãos; por isso o odiaram ainda mais.” Gênesis 37:5 Deus se revela ao homem através da enfermidade: “Naqueles dias adoeceu Ezequias mortalmente; e o profeta Isaías, filho de Amós, veio a ele e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás.” 2 Reis 20:1 

 Deus se revela através do silêncio: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” Eclesiastes 3:1 2 - 

O sofrimento como meio de revelar a justiça e a soberania de Deus 

Alguns atributos da justiça de deus mediante o sofrimento do Homem

1. Deus não age injustamente Romanos 1:17 2.
2.Deus não precisa prestar contas Isaías 40:13,14 3.
3.Deus não faz acepção de pessoas Romanos 2:11 4.
4.Deus conhece as intenções do coração do homem, portanto julga justamente Romanos 8:27

 O discurso de Eliú concerne com os de seus antecessores em dizer que há pecado em Jó para que esteja sofrendo, e ainda exalta somente a soberania de Deus, esquecendo-se da sua grande misericórdia, no entanto, Eliú lembra a Jó que Deus em seu próprio conselho não atende a vontade humana segundo a própria vontade humana. 

 Quem guiou o Espírito do Senhor, ou como seu conselheiro o ensinou? Com quem tomou ele conselho, que lhe desse entendimento, e lhe ensinasse o caminho do juízo, e lhe ensinasse conhecimento, e lhe mostrasse o caminho do entendimento? Isaías 40:13,14 3 

 O sofrimento como um instrumento pedagógico de Deus A diferença entre os discursos de Eliú e os demais é o destaque que ele dá em relação ao sofrimento como um processo pedagógico. Diante disso a algumas perguntas que precisamos fazer a nós mesmos que são relacionadas ao sofrimento do Cristão no Brasil atual.

1. Mas, se o sofrimento é uma ação pedagógica de Deus, porque não queremos mais sofrer? 

2. Como Cristãos na atualidade, qual o tipo de sofrimento que estamos dispostos a passar?

 3. Mediante a lei constitucional do nosso país resta a nós algum tipo de sofrimento que não caiba processo penal diante do nosso algoz? 

4. Como entender o conceito “seja bom, mas não seja besta”?

 Para entender a característica pedagógica do sofrimento é preciso ter humildade.

 Mas o que vem a ser Humildade?

 O que é Humildade Humildade é uma palavra proveniente do latim humilitas que, por sua vez, é um derivado de humus, que significa terra fértil, ou solo fértil

 O que é humildade? Humildade é a virtude que as pessoas precisam ter em conhecer suas próprias limitações e fraquezas, e também é a qualidade das pessoas que procuram se manter no mesmo nível dos outros, sendo daí sua proveniência com relação ao solo: todos estamos no mesmo nível e precisamos nos respeitar como iguais. O tratamento digno, cordial, respeitoso deve ser dado a todos e todos devem agir da mesma maneira, com simplicidade e honestidade. 

 Diante do exposto, entendo que o sofrimento do homem e a sua maior batalha no contexto atual é contra si mesmo, contra seu próprio ego, que na maioria das vezes quer se contrapor a vontade de Deus, gerando sofrimento através de suas próprias mãos, um sofrimento que entra na categoria punitiva.

 A bíblia nos ensina de diversas maneiras sobre o sofrimento e aflições: 

 “O só existir entre vós demandas já é completa derrota para vós outros. Por que não sofreis, antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano?” Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão;1 Coríntios 6:7 

 Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. Mateus 18:15,16

 Se fiz algum agravo, ou cometi alguma coisa digna de morte, não recuso morrer; mas, se nada há das coisas de que estes me acusam, ninguém me pode entregar a eles; apelo para César. Atos 25:11

 Tu pois, sofre as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. 2 Timóteo 2:3 

 Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo. João 16:33 

 A proteção a Igreja na Constituição Federal A Igreja tem seus direitos resguardados na Constituição Federal, e inclusive, é válido lembrar que o Cristianismo teve grande influência na constituição do direito Brasileiro em todas as suas esferas. O Brasil é um país predominantemente Cristão. 

A influência do Cristianismo no direito brasileiro é amplamente proporcional ao número de Cristãos no Brasil (mais de 80% da população brasileira). Somos um Estado que teve como colonizador um dos países com maior tradição cristã (católica) do mundo. Portugal, que teve forte influência (e ainda tem) do catolicismo romano, trouxe para a colonização brasileira inúmeros valores e traços da cultura católica romana e portuguesa os quais influenciaram de forma marcante o direito brasileiro.

 Há inúmeros reflexos, diretos ou indiretos das concepções Cristãs sobre o direito civil, direito penal, direito constitucional, direito tributário, direito ambiental, direitos humanos, conciliação, enfim, em quase todos os ramos do direito material. Por exemplo: no direito ambiental, como o que impõe ao homem administrar corretamente o ambiente, concedendo o descanso para a terra, depois de seis anos de cultivo (Levítico 25:4), e, também a sólida contribuição do Cristianismo para a universalização dos direitos humanos, a partir do reconhecimento de que todos os seres pensantes são filhos de Deus, não faz sentido qualquer discriminação ou preconceito. 

 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

 VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; 

 VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; 

 VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 

 Referências bibliográficas:
https://www.bibliaonline.com.br/ 
Https://www.cpad.com.br
https://teologiaebiblia.wordpress.com/
https://www.significadosbr.com.br/ 
https://jus.com.br/ www.senado.leg.br 
www.pge.sp.gov.br estiloadoracao.com 
vejanabiblia.blogspot.com
pt.wikipedia.org